ACMN
Arquivo da Cúria Metropolitana de Niterói
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CASA DE RETIRO DO ATALAIA
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Paróquia de São Pedro da Aldeia
São Pedro d'Aldeia-RJ
Histórico:
A transição do século XVI ao XVII foi marcada pelos constantes embates a respeito do território, contexto no qual as terras do norte fluminense estavam inseridas. A definitiva expulsão dos holandeses, dos franceses, e, posteriormente, dos ingleses, deu-se em 1615, por Constantino Menelau, em uma empreitada bem-sucedida graças ao contingente de indígenas recrutados em aldeias da região.
A fim de evitar a ocorrência de novas incursões estrangeiras no norte fluminense, foi apresentada a proposta, pelo Padre Antônio de Mattos, aos padres jesuítas do Rio de Janeiro sobre a fundação de uma cidade que servisse como ponto de apoio e de defesa do território. Com o aceite da missão, o Padre João Lobato ficou encarregado de estudar os locais e a possibilidade de se remanejar os índios das Aldeias de São Barnabé (Macacu) e de São Lourenço (Niterói) para o efetivo povoamento do local.
O requerimento para a concessão da sesmaria foi solicitado pelo Padre Antônio Matos, reitor do Colégio do Rio de Janeiro, e foi deferido em 1617. O contingente indígena para a ocupação, no entanto, veio da aldeia de Reritiba, no Espírito Santo, uma vez que o remanejamento dos índios de São Barnabé e São Lourenço seria prejudicial a essas aldeias.
O primeiro religioso da Companhia de Jesus designado para se estabelecer na Aldeia de São Pedro foi o padre João Lobato, em 1617. Dois anos depois, o padre Pero da Mota e padre André de Almeida foram enviados para o local e a igreja matriz começou a ser erguida, sendo um dos primeiros templos jesuítas do Brasil. No entanto, mais de cem anos transcorreram até que o povoado conquistasse o título de freguesia, o que aconteceu em 1795 e simbolizou um impulso para a inserção de São Pedro na Província, assim como também deflagrou a gradativa migração de reinóis e brasileiros para o local.
Os séculos imperiais marcaram o início da exploração da mão de obra escrava e a expansão da cultura cafeeira. Marca do mesmo período o aparecimento de fazendas e casas-grandes. Em 1840 foi fundada a Irmandade do Santíssimo Sacramento, responsável pela construção do cemitério e da nova igreja, em frente ao antigo templo erguida pelos índios que ocuparam a região.
O conjunto arquitetônico é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural (IPHAN) desde 1938.
A documentação produzida na Igreja de São Pedro da Aldeia, sob a guarda do Arquivo da Cúria Metropolitana de Niterói, corresponde a livros de assentos de batismos, de casamentos e de óbitos. Os registros correspondem a índios, escravos, forros e livres que residiram na freguesia, sendo o livro mais antigo referente aos batismos de escravos, forros e livres a partir de 1783.
Capelas:
01. Imaculada Conceição, Flexeiras
02. Nossa Senhora Aparecida, Balneário das Conchas;
03. Nossa Senhora da Glória (Em construção), Bairro Boa Vista
04. Nossa Senhora das Graças, Poço Fundo;
05. Nossa Senhora de Lourdes, R. do Fogo;
06. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (03/07/2007), Centro;
07. Santa Clara, Morro do Milagre;
08. Santa Rita de Cássia, Jardim das Acácias;
09. Santa Terezinha, Bairro Recanto do Sol;
10. São Benedito, São Mateus;
11. São Francisco de Assis, Mossoró;
12. São João Batista, Boqueirão;
13. São José Operário (1952), Cruz;
14. São Pedro, Baleia;
15. São Pedro, Porto;
16. São Tiago, Fluminense;
Fontes:
http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/matriz-de-sao-pedro.