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Arquivo da Cúria Metropolitana de Niterói
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Paróquia de São João Batista
Itaboraí-RJ
Fonte: Instituto Histórico e Geográfico Itaborahyense
Histórico:
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A igreja de São João Batista foi erguida por prontidão de João Vaz Pereira, pertencente a umas das famílias precursoras da ocupação na região do Recôncavo da Guanabara, e também iniciativa dos tropeiros que por ali passavam, consolidando um povoado por volta dos anos de 1670 (substituindo a antiga capela da fazenda do Iguá, de 1622); e os seus primeiros livros de registros, de casamentos de pessoas livres e escravas datam de outubro de 1684.
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Em fins do século XVII (algumas informações mencionam 1679, e outras 1696), a igreja foi desmembrada do território eclesiástico de Santo Antônio de Sá, a quem pertencia, e elevada, por ato régio, ao status de Paróquia colada*. A partir deste evento, um novo templo começou a ser construído em inícios do século XVIII.
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A igreja possuía um número significativo de irmandades, sendo elas: a de São João Batista, fundada em 1689; a de Nossa Senhora do Amparo, fundada junto com a paróquia e ratifica em 1737; a terceira era a Irmandade do Santíssimo Sacramento, de 1743; de Nossa Senhora do Rosário, e São Miguel das Almas; e ainda a Ordem Terceira de Nosso Senhor do Monte Carmo, que inicialmente não fora aceita pelo padre.
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Pela sua crescente importância para a região, a então freguesia de São João Batista de Itaboraí foi elevada a categoria de vila em 15 de janeiro de 1833, o que significou seu desmembramento total da Villa Santo Antônio de Sá. E, em 22 de maio do mesmo ano foi instalada a Câmara de Vereadores em Itaboraí.
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Em relação a sua construção, a matriz apresenta um dos conjuntos retabilísticos mais singulares do Estado do Rio de Janeiro, o templo é feito em pedra cal de grossos muros e os elementos externos são de cantaria com telhas capa e canal e equilibrada concepção arquitetônica oitocentista de uma só porta de entrada e suas duas janelas do coro. Os vãos laterais são requadrados em cantaria de granito arrematados por arco abatido e a sua torre (única) mantém ainda o corpo totalmente maciço. Dos seus altares laterais, três conservam restos de retábulos setecentistas (anteriores a construção da igreja).
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Por sua indiscutível importância histórica e cultural para o Estado e para o Brasil, o templo foi tombado em 18 de março de 1970, como patrimônio nacional, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), através do processo de Nº 0616-T-60.14.
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* Paróquia Colativa ou Colada indicava o reconhecimento, pela Coroa portuguesa, da consolidação de áreas de povoamento que possuíam certa importância econômica e política.
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Capelas:
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Nossa Senhora da Aparecida, Ampliação;
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Nossa Senhora da Aparecida, Cabuçu;
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Nossa Senhora da Conceição, Montividio;
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Nossa Senhora das Graças (a ser construída), Jardim Imperial;
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Nossa Senhora de Nazaré, Nova Cidade;
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Nossa Senhora do Desterro, Pacheco;
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Nosso Senhor do Bonfim, Centro;
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Sagrado Coração de Jesus, Curuzu;
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Santo Antônio de Lisboa, Pacheco;
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São Jorge, Cabuís;
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São José, bairro de São José;
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São Judas Tadeu, Pacheco;
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São Sebastião, Cabuçu.
Relação dos padres da Paróquia:
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Padres curas:
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Pe. Gonçalo Vaz Pereira de 1679 até 1687;
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Pe. Bartolomeu de França de 1687 até 1689;
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Pe. Jozé de Lima de 1689 até 1697;
Párocos:
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Pe. Lucas Vieira Galvão, colado de15 de março de 1697 até 1729;
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Pe. Faustino Sarmento Pimentel, de 1729 até 1730;
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Pe. João Clemente, até 1735;
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Pe. Pedro Leão de Sá até 1739;
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Pe. João Rebelo de Barros até 1740;
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Pe. Jozé do Coito, de novembro de 1740 até agosto de 1741;
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Pe. Jozé Rodrigues Paixão até agosto de 1746;
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Pe. Antônio da Fonceca Pinto;
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Pe. Luis de Aguiar Meneses, apresentado a 12 de setembro de 1748;
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Pe. Manoel Antônio Cota Falcão, de 1750 até 1753;
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Pe. Bento Jozé Caetano Barrozo Pereira até 1761;
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Pe. Manoel Gago Mascarenhas até setembro de 1763;
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Pe. Manoel do Vale Teixeira, de 8 de setembro de 1763 até 13 de novembro de 1763;
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Pe. Francisco Angelo Xavier d’Aguirre, de 13 de novembro de 1763 até o ano de 1766;
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Pe. Pedro Jozé de Moraes e Almeida, novembro de 1766;
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Pe. Marcelo Correia de Macedo, de novembro de 1766 até 28 de outubro de1770;
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Pe. Joaquim Nunes Cabral, de 28 de outubro de 1770 até 18 de junho de 1795;
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Pe. Antonio Vicente Rodrigues Pereira, de 29 de junho de 1795 até 28 de fevereiro de 1796;
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Pe. Antonio Teixeira de Soiza, de 28 de fevereiro de 1795;
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Pe. José Soares de Azevedo, apresentado a 03 de fevereiro de 1797;
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Pe. Francisco Xavier de Pina, apresentado a 30 de junho de 1797.
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Pe. Joaquim Mariano de Castro Araújo, apresentado a 18 de18 de setembro de 1860 até 18 de maio de 1907;
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Pe. Egídio Cavout;
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Pe. Aloísio Ricardo Beranger;
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Pe. Hugo Montedômio Rêgo;
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Pe. Domingos Gonçalves das Eiras; de 07 de setembro de 1969 a 2004;
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Pe. Edson dos Santo Ribeiro; de 03 de novembro de 2014 a 12 de dezembro de 2006;
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Pe. Joilson Gomes da Silva; de 2006 a 2008;
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Pe. Roberto de Assis Almeida Conceição; 2012 a 08 de junho de 2014;
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Pe. Max Celestino de Almeida Sales, de 10 de junho de 2014 até o presente momento.
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Fontes:
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Site da prefeitura de Itaboraí: https://www.itaborai.rj.gov.br;
Site do IPHAN: http://portal.iphan.gov.br;
Patrimônio Cultural da UNESCO:
http://www.ipatrimonio.org/?p=20685#!/map=38329&loc=-22.74510642381321,-42.85814344882965,17
COSTA, Gilciano Menezes. A escravidão em Itaboraí: uma vivência às margens do rio Macacu (1833-1875). Dissertação de Mestrado – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História, 2013. Niterói, 2013. 197f.
ROBEIRO, L. M. Gritos e Sussurros: A retabilística barroca em São João de Itaboraí. Dissertação de Mestrado do programa de pós-graduação da Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória, 2012.
GALDAMES, Francisco J. Entre a Cruz e a Coroa: A Trajetória de Monsenhor Pizarro (1753-1830). Dissertação de Mestrado do programa de pós-graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF). Niterói: 2007.
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