ACMN
Arquivo da Cúria Metropolitana de Niterói
Rua Bispo D. João da Mata, 33 - Ititioca
CASA DE RETIRO DO ATALAIA
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Paróquia de São Sebastião de Itaipu
Niterói-RJ
Histórico:
Localizada no município de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, a Igreja de São Sebastião de Itaipu foi fundada em 1711, pelos jesuítas. Cinco anos depois, em 1721, a igreja passou a ser considerada uma paróquia independente, e em 1755 foi criada a freguesia de São Sebastião de Itaipu, para a qual foi nomeado como vigário o Padre Antônio Brandão de Melo.
Arquitetada em estilo barroco, em virtude das más condições em que se encontrava, a matriz passou por uma reconstrução, finalizada em 1844, e cujas providências foram encaminhadas por Paulino José Soares de Sousa, futuro Visconde de Uruguai (título recebido em 1854), na condição de Presidente da Província. João Pinto de Lacerda foi o encarregado da obra.
Na última década do século XIX, o governador Francisco Portela relegou a paróquia, entre outras, ao Bispado do Rio de Janeiro. Em 1897, a igreja esteve sob a jurisdição de São Gonçalo. Mediante a necessidade de novas intervenções, os próprios paroquianos se incumbiram dos procedimentos de restauração do templo para o festejo em honra ao padroeiro, celebrado a 20 de janeiro, em 1898.
Com o transcorrer de uma década, o bispo de Niterói, Dom Francisco do Rego Maia, transferiu a paróquia para a matriz de Nossa Senhora da Conceição de Jurujuba e depois para a igreja do Rio do Ouro, o que relegou a construção original ao completo abandono.
No fim dos anos 1970, um novo pároco, o Missionário Redentorista Padre Lúcio Pinho, foi designado pelo arcebispo de Niterói, Dom José Gonçalves da Costa, para assumir a igreja, reativando-a. No despontar da década seguinte, após o tombamento da construção religiosa em 26 de setembro de 1978 pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (INEPAC), a matriz passou por uma nova restauração, orientada pelo mesmo órgão responsável por seu tombamento. Em 1983, o Padre polonês João Sopicki, da Sociedade do Apostolado Católico, tornou-se pároco de São Sebastião de Itaipu.
A construção original possui nave única, e teve elementos neoclássicos incorporados à sua arquitetura durante o século XIX. A fachada simétrica é composta por uma por uma porta encimada por três janelas do coro. As duas torres sineiras laterais com seteiras são arrematas por cúpulas em meia laranja. O retábulo-mor, de linhas neoclássicas, é de madeira entalhada.
A documentação produzida na Igreja de São Sebastião de Itaipu, sob a guarda do Arquivo da Cúria Metropolitana de Niterói, corresponde a livros de assentos de batismos, de casamentos e de óbitos a respeito de escravos, forros e livres que ali residiram. O livro mais antigo aborda o batismo de escravos, forros e livres a partir 1711.
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Casa de Recolhimento de Santa Teresa de Itaipu
A construção, a 300 metros da matriz de São Sebastião de Itaipu, foi erguida em 1764, por Manoel Rocha, com finalidade de abrigar as mulheres em retiros espirituais para expiação dos pecados.
Devido a necessidade de autorização régia para que o Recolhimento funcionasse, o Bispo Dom José Joaquim Justiniano representou ao Vice-Rei, Luís Vasconcelos de Sousa, e através de seu intermédio a Rainha D. Maria permitiu que a instituição se consagrasse à finalidade intencionada. As primeiras retirantes foram recebidas em 17 de junho de 1764.
Em maio de 1883, com o prédio vazio, o vigário João de Moraes e Silva instituiu ali um asilo para menores, iniciativa que não perdurou. Abandonado e destituído de suas funções religiosas, o espaço serviu como moradia de pescadores locais, os quais edificaram pequenas habitações no interior de suas ruínas. A capela do Recolhimento, inclusive, chegou a abrigar uma cadeia.
No século XX, o prédio foi tombado em 1943, e a primeira etapa do processo de restauração foi concluída trinta e um anos depois. As ruínas foram tombadas pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 8 de janeiro de 1955. Desde março de 1977, a parte restaurada passou a abrigar o Museu de Arqueologia, em virtude da proximidade com o sítio arqueológico da Duna Grande.
Capelas:
1 – Nossa Senhora da Conceição (30/07/1936), Fonte/Itaipu;
2 – Sagrada Família, Engenho do Mato/Itaipu;
3 – Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora da Conceição, Maravista
Padres:
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Manoel da Costa (1755-1822)
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Antônio de Melo (1822-1846)
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Demétrio Falcão (1846-1847)
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Domingos Rodrigues (1847-1848)
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José de Melo (1848-1849)
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João Chaves (1850-1851)
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Antônio de Melo (1852-1855)
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Francisco Bueno (1855-1856)
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Francisco Loureiro (1856-1860)
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José Pemerim (1860-1867)
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João Marinho (1869-1870)
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José de Castro e Silva (1870-1894)
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Cônego João Goulart (1894-1903)
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Paulo Estibayre (1903-1908)
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Lucio Pinho (1977-1983)
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João Sopicki (1983-1992)
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Estevão Lewandowski (1992-1998)
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João Pedro Stawicki (1998-2008)
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Casemiro Pac (2008-2014)
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Jorge Chmielecki (2014-)
Fontes:
Niterói: Patrimônio Cultural. Departamento de Preservação e Reabilitação do Patrimônio Cultural / Departamento da Memória Cultural. Niterói, RJ: Niterói Livros, 2000. pp. 17; 40.
Niterói: uma visão artística. Enitur – Empresa Niteroiense de Turismo. Niterói, RJ, nov 1984. pp. s/n
PIMENTEL, Luiz Antônio. 14 igrejas que contam a história de Niterói. Pesquisa e texto de Luiz Antônio Pimentel. Gravuras a bico de pena de Miguel Coelho. Niterói, RJ: EDUFF, 1986. pp.1-2.